Como você deve estar acompanhando em nosso site, esse ano completamos 10 anos de Raízes. Neste período incrível de uma década, desenvolvemos vários projetos de qualificação, associativismo, roteirização, prototipagem de negócios comunitários, conexão com o mercado e comunicação. Sempre tendo a co-criação como técnica e sustentabilidade como premissa.
A principal expertise da Raízes é criar projetos de desenvolvimento sustentável do turismo fortalecendo:
- O capital humano (a autoestima e as habilidades das pessoas do lugar),
- O capital social (as relações de confiança e a capacidade de trabalhar em conjunto) e
- O capital econômico (a geração de renda através de uma economia mais solidária e distributiva).
Itens que fazem parte essencial do que acreditamos!
E ao longo desse período especial – em que contamos em anos todos os dedos das mãos – revitalizamos o site, trouxemos à tona projetos antigos, resgatamos momentos marcantes e geramos uma nova identidade e estratégia comunicacional. Estamos sempre em movimento com o mundo, e ele, em consequência, com a gente.
Quer uma prova?
Vamos te contar uma história…
Uma sementinha chamada “experiência”
Experiência é aquele tipo de coisa que só você pode fazer por você mesmo. Só vivendo (e revivendo) algo para adquirir experiência. Ela não passa de pai para filho. Ela pode até ser comprada, mas não adianta de nada se não for vivida e sentida. E foi bem por aí que entendemos, lá em 2009, que proporcionar experiências às pessoas poderia gerar mudança de vida – literalmente.
Nós, Mariana Madureira e Marianne Costa, iniciamos um projeto de geração de renda com comércio justo de artesanatos no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Mas percebemos que havia mais valor na história das pessoas por trás daqueles produtos do que na aparência deles. E, então, nos questionamos:
“Por que, ao invés de levar os artesanatos até os grandes centros, não levamos essas pessoas até os artesãos?”
Do Barro à arte
Aquela reflexão inspirou o nascimento de um roteiro de experiência que vem sendo operado pela Raízes desde 2012, o Do Barro à Arte, sob a motivação inicial de gerar impacto positivo para a comunidade. Mas, a partir do relato emocionado dos turistas veio à tona o quanto eles também eram transformados ao se conectarem pessoas, visões e mundo distintos.
Ter contato com modos de vida completamente diferentes é um convite à reflexão profunda e a uma autoavaliação. Além disso, o aprendizado a partir do contato com pessoas ditas simples é surpreendente e emocionante. As experiências são sempre tão marcantes que ao final da viagem os participantes sempre se questionavam: para onde é a próxima? Não vejo a hora!
Próximo destino… Vivejar
E foi assim – a partir de uma experiência reconhecida e premiada, e da colheita de resultados positivos para todos os envolvidos – que nasceu a Vivejar!
Esse também será um negócio social, uma operadora especializada em viagens de base comunitária no Brasil, sob o comando da Marianne Costa, que acredita no turismo como ferramenta de transformação e impacto positivo.
Em outras palavras, a Vivejar vem mostrar a essência do Brasil através de roteiros desenhados para “jogar luz” no melhor do nosso povo! Iniciando suas atividades a partir do mês de outubro, a Vivejar nasce com experiências cuidadosamente desenhadas em 3 destinos brasileiros:
– O Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais – reconhecido pelas lindas e fortes mulheres por trás da cerâmica de tradição;
– A cidade do Rio de Janeiro – com a nova proposta turística com um novo olhar para a criatividade e inovação social dentro das comunidades urbanas; e
– Belém e Ilha de Cotijuba, no Pará – com seus segredos e sabores ainda pouco conhecidos dos turistas brasileiros e estrangeiros.
Uma essência, duas manifestações
Assim, sob a mesma essência e origem, Raízes e Vivejar se manifestam de maneiras diferentes…
Uma reafirma o seu papel de fomento ao desenvolvimento sustentável de pessoas e lugares através de projetos socioambientais. Outra organiza viagens de experiência, gerando renda às comunidades e transformação aos visitantes.
Que assim seja (e será)!
*Artigo originalmente publicado em: Blog da Raízes Desenvolvimento Sustentável
Por Marianne Costa em 02 de outubro de 2016.
Acesse na íntegra aqui